TAG - #BlogueirosContraOBullying

18:38



Olá Mortais!
Como vocês estão? E as novidades? Eu tenho uma, a Mandy do blog Jeitos e Cheiros me indicou a participar da TAG - #BlogueirosContraOBullying dêem uma olhada no blog dela, não vão se arrepender, ela é uma SUPER escritora.

Então vamos lá... Sobre a TAG:

É bem simples e um projeto super legal, você tem que contar uma experiência sua com o bullying. Seja como vítima ou praticante. Conte a sua história (ou talvez até, realidade), fale como foi, o que você aprendeu e até do que se arrepende. É algo do bem, e lembrando que o quê para muitas pessoas pode ser clichê, para outras é motivo de inspiração! Não se reprimam!

Minha Experiência...

Bem, é normal você ouvir vários pessoas de já sofreram bullying por ser gordo falando que ser magro é as mil maravilhas. Pois aqui estou eu dizendo que não é. Até hoje eu tenho muitos problemas de auto estima, é bom dizer que você não liga para o que os outros dizem, mas querendo ou não, palavras machucam. Desde pequena eu sempre fui muito zoada por ser magrela, as pessoas da minha própria família me davam apelidos que na hora eu ria para disfarçar mas que me deixavam bem tristes, eu só guardava aquilo dentro de mim. Sempre que a tal pessoa vinham falar comigo eu ficava me lembrando do que ela disse e do quanto eu não queria estar perto dela.
Família, amigos, colegas, vizinhos, todos riam e faziam graça e não sabiam o quanto eu odiava aquilo, até hoje eu odeio. Para falar a verdade, quando eu era criança, eu aprendi a odiar o meu corpo. Eu me empaturrava de comer, ficava no espelho inflando o peito e a barriga para parecer mais gorda, era obcecada por balanças, e festejava a cada quilo ganho.
Isso influenciou na minha habilidade de me relacionar, eu nunca tive muitos amigos, até porque eu era muito tímida. Se a pessoa não viesse conversar comigo, eu é que não ia falar com ela. Sempre fiquei na minha. Eu tinha medo e ficava imaginando o que as pessoas falavam de mim, sempre que eu via algumas meninas cochichando eu pensava que era sobre mim que elas falavam. Para comprar roupa era uma choradeira que só por Deus! Eu sou alta e magra, então todas as roupas que tinham o meu comprimento ficavam mais largas, meu quadril sumia nas roupas, meus braços pareciam varetas saindo da manga. Na frente da minha mãe eu me mostrava irritada, mas era só eu ficar sozinha para as lágrimas virem, em provadores, no banheiro, no meu quarto. Elas não faziam distinção de lugar.
Hoje, posso dizer que estou muito melhor do que já fui. Coloquei na minha cabeça que eu nasci assim e talvez nunca vou mudar. Mas isso não pode me impedir de me relacionar, de ser feliz independente dos comentários ou brincadeirinhas sem graça. Eu tenho que me conformar com o meu corpo.
Ainda assim tenho meus altos e baixos, ainda comemoro cada quilo ganho, e tenho que superar a minha vergonha, pergunte para a Mandy... Na sala eu converso com todo mundo, dou risada e me divirto, mas é só ter que apresentar um trabalho que já começo a tremer e me da vontade de chorar. Coisa que não devia acontecer, afinal, eu apresento para pessoas que eu convivo diariamente. Imagina se fosse em uma empresa? Com toda a pressão e expectativas dos meus chefes! Eu me esconderia no banheiro e choraria. Ainda bem que eu tenho mais três anos para superar isso. Algo que eu VOU superar, algo que eu QUERO superar. E que só o tempo e a prática podem ajudar.


Então é isso... você é quem determina se o que as pessoas dizem vão te machucar ou não. Seja forte. Não deixe que o quê outros falam determine até onde você vai ir na sua vida. Supere obstáculos e mostre que você não é feito de aço, mas sim de titânio ou para os nerds, de  adamantium.

Eu indico todos os blogs que leram esse post a passar essa tag adiante, vou adorar conhecer um pouco mais de vocês. Espero que tenham gostado, beijos amores! Bye!

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